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Clubes negros nas Américas

Obra organizada por Giane Vargas e Petrônio Domingues revela como clubes negros das Américas foram espaços de resistência, solidariedade e afirmação cultural na construção de identidades negras

Capa do livro "Clubes Negros nas Américas". Fonte: Editora Dandara. 2025.

Os pesquisadores Giane da Silva Vargas, professora da Universidade Federal do Pampa (UFPAMPA), e Petrônio Domingues, professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), estão com o livro Clubes Negros nas Américas em pré-venda, pela Editora Dandara. Composto por dezoito capítulos de autores do Bra­sil, Estados Unidos, Cuba, Argentina, Uruguai e Paraguai, o empreendido editorial e intelectual, analisa os clubes negros como espaços de entre­tenimento, solidariedade, organização e atuação político-cultural de homens e mulheres negros.

Como lugares de “costumes em comum”, passaram a constituírem-se para possibilitar condições favoráveis para a sociabilidade, diversão e visibilidade para as populações negras das Américas e seus projetos de liberdade. Nesse sentido, também foram “espaços de ajuda mútua, resistência, articulação e inserção social, o que possibilitou impulsionar corpos, mentes e projetos no campo dos direitos e cidadania, margens de empoderamento, sentimento de pertencimento a um grupo e afirmação de uma identidade negra positivada, com seus estilos de vida, visões de mundo e padrões estéticos e comportamen­tais específicos”, conforme descrição da obra no website da editora.

Em alguns de seus paratextos, constam contribuições de intelectuais negros renomados, como a Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, que é Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi relatora do parecer que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (2004), professora aposentada e Emérita do Conselho Universitário da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal do ABC (UFABC).

Sua orelha foi escrita pelo antropólogo brasileiro-congolês Kabengele Munanga, professor Emérito e aposentado pela Universidade de São Paulo (USP) e Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural (2002), sendo um dos mais renomados pesquisadores sobre uma antropologia da população negra e as questões raciais no Brasil.

Como citar esta notícia

SANTANA, Geferson. Clubes negros nas Américas. História Editorial, 9 out. 2025. (Notícia). Disponível em: https://historiaeditorial.com.br/clubes-negros-nas-americas/. Acesso em: 9 out. 2025.

Geferson Santana

Doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP). Vinculado a revistas e grupos internacionais de pesquisa, como o Laboratorio de Investigación en Literatura y Cultura del Océano y Catástrofes da Cátedra Fernão de Magalhães do Instituto Camões (IC), Portugal, e da Universidad de Playa Ancha (UPLA), Chile. Há 10 anos trabalha com edição de materiais didáticos, editor de livros e revistas da área de História.

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